As lesões ligamentares e tendinosas em idosos representam uma preocupação crescente, pois afetam diretamente a mobilidade, a funcionalidade e a autonomia dessa população. Com o envelhecimento, há uma redução natural na elasticidade dos tendões e na resistência dos ligamentos, tornando essas estruturas mais suscetíveis a lesões, mesmo em atividades rotineiras ou pequenos traumas.
Entre os principais fatores de risco estão a degeneração tecidual associada à idade, a inatividade física, doenças crônicas como diabetes e artrite, além do uso prolongado de certos medicamentos que afetam a integridade muscular e ligamentar. Movimentos bruscos, quedas e esforços repetitivos podem desencadear lesões, especialmente nos ombros, joelhos, tornozelos e punhos.
O diagnóstico requer uma avaliação clínica detalhada, incluindo a investigação de dor localizada, inchaço, limitação de movimentos e, em alguns casos, instabilidade articular. Para confirmação e análise da extensão da lesão, exames como ultrassonografia, ressonância magnética ou tomografia são frequentemente utilizados.
O tratamento varia conforme a gravidade da lesão, podendo envolver repouso, aplicação de gelo, uso de anti-inflamatórios, imobilizações temporárias e fisioterapia. Em casos mais severos, especialmente quando há rompimento total de tendões ou ligamentos, pode ser indicada a intervenção cirúrgica. O acompanhamento por equipe multidisciplinar, incluindo ortopedistas, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, é essencial para garantir uma recuperação eficaz.
A reabilitação foca na restauração da força muscular, mobilidade e coordenação, visando à reintegração do idoso às suas atividades diárias com segurança. Exercícios terapêuticos adaptados à condição física do paciente ajudam a recuperar a funcionalidade e prevenir novas lesões.
A prevenção é baseada na manutenção da saúde musculoesquelética, incluindo a prática regular de atividades físicas orientadas, alimentação rica em nutrientes que fortalecem ossos e tecidos conjuntivos, além de cuidados no ambiente doméstico para evitar quedas e movimentos inadequados. Avaliações periódicas com profissionais da saúde também são importantes para monitorar e corrigir alterações posturais ou de marcha.
Ao menor sinal de dor articular ou muscular persistente, especialmente após esforço ou queda, é essencial procurar avaliação médica. Prevenir e tratar precocemente as lesões ligamentares e tendinosas é fundamental para manter a qualidade de vida e a autonomia na terceira idade.