A dor nas costas constante é uma das queixas mais comuns entre os idosos e pode comprometer significativamente a mobilidade, a qualidade de vida e a autonomia. Com o envelhecimento, a coluna vertebral passa por alterações naturais, como a degeneração dos discos intervertebrais, desgaste das articulações, enfraquecimento muscular e alterações posturais, tornando-se mais suscetível a dores e lesões.

Diversas condições podem estar associadas à dor lombar ou dorsal crônica, entre elas artrose da coluna (espondiloartrose), hérnias de disco, estenose do canal vertebral, fraturas por osteoporose e contraturas musculares. O sedentarismo, má postura, esforço físico inadequado e sobrepeso também são fatores que agravam o quadro.

A dor pode se apresentar de forma contínua ou intermitente, com variação de intensidade. Em alguns casos, pode irradiar para os membros inferiores, causar formigamento, dormência ou sensação de fraqueza, sinais que indicam possível compressão nervosa. Quando persistente, essa dor interfere nas atividades do cotidiano, no sono e no bem-estar geral do paciente.

A procura por um ortopedista deve ser considerada sempre que a dor nas costas durar mais de uma semana, se for intensa e limitante, ou quando estiver associada a outros sintomas, como perda de força nas pernas, alterações na sensibilidade, dificuldade para andar, perda de peso sem causa aparente ou incontinência urinária e fecal. Esses sinais podem indicar condições mais graves que exigem diagnóstico e intervenção imediata.

O ortopedista realizará uma avaliação clínica detalhada, incluindo histórico médico, exame físico e, se necessário, solicitará exames de imagem como radiografias, tomografias ou ressonância magnética para investigar a origem da dor. O diagnóstico preciso é fundamental para definir o tratamento mais adequado.

O tratamento varia conforme a causa e pode incluir uso de analgésicos, anti-inflamatórios, fisioterapia, reeducação postural, fortalecimento da musculatura paravertebral e, em casos selecionados, procedimentos como infiltrações ou até cirurgia. A abordagem multidisciplinar com fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais pode acelerar a reabilitação e reduzir o risco de recorrência da dor.

A prevenção da dor nas costas inclui a prática regular de exercícios físicos orientados, manutenção de peso saudável, postura adequada ao sentar e levantar, e cuidados ergonômicos no ambiente doméstico. Alongamentos diários e fortalecimento do core (músculos do tronco) também ajudam a manter a estabilidade da coluna.

Ao identificar dor nas costas constante ou progressiva, é fundamental buscar ajuda médica especializada. O acompanhamento ortopédico adequado garante diagnóstico precoce, tratamento eficaz e preservação da autonomia e qualidade de vida, especialmente na terceira idade.